Neste momento a situação da educação no Brasil eu diria que está sob ameaça". A opinião é da pesquisadora, psicóloga e professora da Faculdade de Educação da Unicamp, em Campinas (SP), Ângela Soligo, sobre o atual momento do ensino no país e a reforma do ensino médio proposta pelo governo federal. Para ela, é necessário ter mais conhecimento para saber educar no país e evitar a alienação, o fantasma da ditadura militar.
'Gerações mais alienadas' A reforma do ensino médio, segundo a pesquisadora, reduz as ciências humanas da formação da juventude e vai na contramão dos especialistas que defendem a necessidade de os jovens terem uma melhor formação humanística. Isso pode gerar um grande impacto para as próximas gerações.
Certamente, você terá gerações mais alienadas, menos compreensivas de como as políticas afetam a sua vida, menos compreensivas do seu papel como cidadão e menos críticas das informações que chegam por vários meios todos os dias. Então, gerações mais manipuláveis. Esse é um risco para a cidadania e para a democracia", aponta.
Angêla também pontua que faltou diálogo do governo.
"Não houve diálogo com quem precisa haver. Com quem uma reforma educacional precisa dialogar? Com professora e professor, com estudantes, com pais e a comunidade e com os pesquisadores do campo da educação. Então, essa reforma não fez isso. É muito provável que ela trará mais prejuízos do que benefícios", critica
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