Ela não era nenhuma gostosa. Nem uma libertina perversa. Essa versão só pegou porque foram os inimigos romanos que escreveram a história.
A Cleópatra gatinha dos filmes e livros é balela! Ela era nariguda, tinha olhos saltados, lábios finos e queixo pontudo. A "lata" da moça, que viveu entre 60 a.c. e 30 a.c., foi esculpida numa moeda da época, encontrada em 2007.
Cleópatra foi rainha do Egito, mas nem egipcia era. Vinha de uma família grega. Não era uma beldade, mas falava nove línguas e manjava tudo de matemática e astronomia. Por ser inteligente, seduziu Júlio Cesar e, depois, outro general romano, Marco Antônio.
Aliás, Júlio César também não era nenhuma belezura. Era careca mas com fama de pegador: teve quatro esposas e várias amantes.
Depois que Júlio César morreu, Cleópatra conquistou Marco Antônio. Mas o cara era casado com a irmã de outro general, Otávio. O cunhadão, irritado, declarou guerra ao casal. Derrotados, Antônio e Cleópatra decidiram se matar. E a história de que a rainha se deixou picar por uma cobra também é bobagem: ninguém sabe ao certo como ela morreu.
Para puxar o saco de Otávio, os poetas da época inventaram mil histórias sobre Cleópatra. E é por isso que se espalhou a imagem de uma rainha libertina. Mas não há provas de que ela tenha tido outros homens além de Júlio Cesar e Marco Antônio.