Peugeot que vende bem é Peugeot equipado. Por isso a versão de sucesso é a Soleil, com ar-condicionado, direção hidráulica e vidros elétricos. E olha que ela não é barata. Enquanto um Soleil 2002 custa
21200 reais, um Palio ELX 1.0 16V Fire equivalente fica em 19500 reais.
Outras opções são a Selection (básica, que não tem direção hidráulica nem como opcional) e Selection Pack (intermediária). Opte sempre pela direção hidráulica, que facilita a revenda. Também é um dos raros casos em que o dois e o quatro portas têm a mesma procura.
Uma dica: cheque na documentação se ele foi remarcado, o que reduz seu valor em mais de 30%. Culpa do número do chassi na traseira, que pode ser afetado em pequenas batidas.
A voz do dono -
"Comprei um Soleil 1.0 16V em 2001, novo. As maiores qualidades são design, consumo e conforto. O maior defeito são os ruídos internos. Nos buracos, a impressão é que chacoalha tudo. O carro nunca deu problema, mas acho a manutenção um pouco cara. Mesmo assim tenho vontade de ter outro desses." Flávia de Azevedo Lima, 30 anos São Paulo (SP)
Nós dissemos -
"Dois fatos chamaram a atenção ao volante. Primeiro o câmbio, bem escalonado, que apresenta engates muito leves, embora com o curso da alavanca um pouco longo. O segundo foi a suspensão. Em pisos regulares, o 206 andou firme, transmitindo segurança nas curvas. Na cidade,
essa firmeza torna-o um carro duro." QUATRO RODAS, Novembro de 2001
IMPORTADO ou NACIONAL? - O Peugeot 206 foi lançado no Brasil em março de 1999, como importado, com motor 1.6 8V, de 90 cavalos. O 206 com motor 1.6 16V só chegaria em meados de 2002, fabricado aqui. Visualmente, o importado (argentino ou francês) é idêntico ao nacional. No mercado, há até gente que desconhece que existe uma versão importada do 1.6. E o número de pessoas que sabe que o 1.6 nacional é diferente do 1.6 estrangeiro é menor ainda. A única maneira de diferenciá-los é o logotipo "16V" em vermelho, na tampa traseira, e o "110 cv" na lateral do 1.6 nacional. No resto, é tudo igual. Com relação à depreciação de preço entre um e outro, não há muita diferença. O importado só é mais barato porque é mais antigo, e não porque é importado.
* Reportagem publicada na edição de junho de 2004
da revista QUATRO RODAS
Alexandre Ramos | fotos: Ricardo Rollo; Marcelo Spatafora eMarco de Bari Seus donos às vezes não gostam do carro, consideram-no sem graça, reclamam da falta de conforto ou maldizem seu acabamento empobrecido demais. Mas em geral afirmam que estão satisfeitos. Sinal de incoerência? Nada disso. É porque o Uno Mille é uma compra puramente racional. Pela mesma quantia de dinheiro você não leva nenhum modelo mais novo. Com baixo preço de peças, bom espaço interno, fácil manutenção e grande oferta, o Mille tanto serve para quem está comprando seu primeiro automóvel como para quem busca o segundo ou terceiro carro da família.
Sua história começa em 1990, quando a Fiat lança o Uno Mille, com motor de 994 cm3 e apenas 48 cavalos.
A falta de itens de série era o segredo para o baixo custo: faltavam grades de ventilação nas extremidades do painel, tampa do porta-luvas, retrovisor direito, servofreio e encostos de cabeça. A ignição ainda contava com o antigo platinado. Em 1991 surge o Mille Brio, com carburador de corpo duplo. A potência saltava para 54 cavalos, sendo produzido apenas entre junho e dezembro de 1991.
Em 1993 chega a versão Electronic e opção de carroceria de quatro portas. A grande novidade era o sistema de ignição digital - não confundir com injeção eletrônica, ainda não disponível. Um ano depois é apresentado o ELX, mais luxuoso, criado para combater o então recém-lançado Corsa. Trazia como diferencial uma nova frente, além de painel de instrumentos redesenhado. Em julho de 1995 o Mille recebe injeção eletrônica de combustível e a sigla EP. O Electronic ainda sobreviveu como a versão de entrada com o nome de Mille i.e. A partir de 1997, passa a existir apenas o SX. No ano seguinte é renomeado para EX e perde uma luz de ré. No início do ano 2000 torna-se Smart, com acabamento diferenciado, painel cinza com mostradores brancos e novas calotas. Na linha 2002 foi a vez de virar Fire, com seu novo motor de 55 cavalos. E, finalmente, é a partir de 2004 que o Uno passa pela segunda cirurgia plástica. Ufa! Mas, em todos esses anos, o carrinho mantém as mesmas vantagens de seus primórdios: é econômico, ágil, barato de comprar e de manter e, na hora da venda, não dá dor de cabeça.
Fuja da roubadaO Mille é um dos poucos modelos que não apresentam configurações e versões micadas. Mas é bom evitar os mais antigos, feitos antes de 1993, que vinham até mesmo com platinado no lugar da ignição eletrônica. Nesse caso, só como peça de coleção, pois a manutenção pode ser mais difícil.
A voz do dono"
Em abril comprei um Uno Mille 1996 de quatro portas. Era o carro mais barato e mais novo que eu podia comprar. Estou satisfeito, pois o Uno é econômico, barato de manter e de fazer seguro. E ainda por cima não chama atenção. Mas ele é muito desconfortável para usar no dia-a-dia, já que a suspensão é muito dura."
Laurindo Santos Silva, 35 anos, professor de educação física, São Paulo (SP)
O que eu adoro"Eu só coloco óleo e gasolina e ele vai embora. E, quando preciso arrumá-lo, as peças fora da autorizada não são caras."
Roberto Rossano, 42 anos, dono de um Mille Electronic 1993
O que eu odeio"A correia dentada do meu carro estourou com 40000 quilômetros e acabou me dandoum grande prejuízo."
Lucia Monteiro de Lima, 26 anos, dona de um Mille Fire 2002
Nós dissemos
Abril de 2004
"Mesmo mais fraco que seus dois rivais, o Mille não se intimidou nos testes e superou o Gol na aceleração de 0 a 100 km/h. Nas retomadas, os dois praticamente empataram, com uma pequena vantagem para o VW. Quem já teve um Mille (...) vai perceber onde a Fiat economizou alguns reais. Com o passar do tempo, o acabamento e a qualidade dos materiais no interior do carro foram piorando. Em compensação, a posição de dirigir continua boa e a visibilidade também. O Mille foi o mais silencioso em todas as medições de ruído interno, mas, quando o assunto é itens de série, ele traz um mínimo: barra de proteção lateral e imobilizador eletrônico."
Matéria da Agência
Auto Informe – No mercado de carros usados o Gol é o carro que tem a menor desvalorização no Brasil, conforme estudo feito pela Agência AutoInforme, que com base na cotação da Molicar acompanha a evolução mês a mês dos preços dos carros fabricados entre 1997 e 2006.
O setor de usados está com preços em queda. Na média os
carros de passeio desvalorizaram 2,57% no primeiro trimestre do ano. A categoria dos hatchs pequenos teve depreciação abaixo da média, 1,72%. E neste subgrupo, o Gol perdeu apenas 0,96% do valor entre janeiro a março, o que indica que o mercado do carro da Volkswagen é tão bom na hora da aquisição quanto na hora da revenda. Com o passar do tempo, quem
comprar um Gol usado vai ter o seu bem desvalorizado abaixo da média.
O Palio é o segundo
carro menos desvalorizado na categoria dos hatchs pequenos. Pelo estudo, o modelo da Fiat usado depreciou em média 1,10%, seguido pelo Fiesta, -1,21%, e pelo o Fit, -1,31%. Na outra ponta, o Clio é o hatch mais desvalorizado. O modelo da Renault perdeu 3,25% do valor no primeiro trimestre. O Ka perdeu 2,55%. Veja abaixo a tabela completa.
Desvalorização dos hatchs pequenos usados no primeiro trimestre de 2007:
Hatch pequeno -1,72
Gol -0,96
Palio -1,1
Fiesta -1,21
Fit -1,31
Fox -1,42
C3 -1,43
206 -1,64
Mille -1,66
Corsa -1,9
Celta -2,15
Polo -2,17
Ka -2,55
Clio -3,25
[Fonte: Ag. Auto Informe]