30 de jan. de 2017

O polêmico canal do YouTube em que apresentadores usam drogas para informar sobre efeitos e danos

Há cinco meses no ar, o Drugslab, criado pela emissora pública holandesa BNN especialmente para a internet, já tem mais de 298 mil assinantes e 8,6 milhões de visualizações com os 18 episódios exibidos até agora - um novo vai ao ar toda sexta-feira.
Cada episódio é dedicado a uma droga. Os apresentadores falam sobre sua história, como é feita, se tem aplicações medicinais, os efeitos e prejuízos causados por ela e como consumi-la com segurança.
"Não havia na internet um programa que desse essas informações de forma precisa para os jovens. Não há um jeito melhor de fazer isso do que usá-las em frente à câmera", diz Jelle Klumpenaar, criador e produtor do Drugslab, à BBC Brasil.
Em seu relatório mais recente sobre o tema, divulgado no ano passado, a Organização das Nações Unidas aponta que 250 milhões de pessoas - cerca de 5% da população mundial entre 15 e 64 anos - usaram drogas ao menos uma vez em 2014.
Ao mesmo tempo, 29 milhões de pessoas sofriam com problemas relacionados a drogas, o primeiro aumento registrado nos últimos seis anos - eram 27 milhões em 2013. O consumo abusivo levou 207 mil pessoas à morte no mundo naquele ano.
A ONU diz que, "de forma geral, o impacto do uso de drogas para a saúde continua a ser devastador".
Klumpenaar afirma que o Drugslab busca prestar um serviço e reduzir os danos gerados pelo uso dessas substâncias, em sintonia com uma mudança na forma como jovens consomem informação.
"Educar jovens sobre drogas é uma boa forma de evitar acidentes. E eles preferem pessoas reais contando histórias reais em vez de apresentadores lendo roteiros", diz o produtor.
"Há quem ache nosso conteúdo controverso, e respeitamos isso. Falar sobre o tema ainda é um grande tabu em muitos países. Queremos quebrar esse tabu."

Efeitos e perigos

Direito de imagemÀ frente do canal estão o cantor Rens Polman, de 25 anos, o estudante universitário Bastiaan Rosman, de 23, e a atriz Nellie Benner, de 30.
No episódio de estreia, cabe à Rens testar ecstasy, uma pílula muito popular em festas de música eletrônica cujo princípio ativo é conhecido como MDMA.
Logo no início, o rapaz se vira para a câmera e destaca a importância de testar o comprimido para saber sua composição - um serviço oferecido desde 1992 por laboratórios autorizados pelo Ministério da Saúde holandês.
"Sempre faça o teste, porque às vezes as pílulas parecem iguais (às de ecstasy), mas são imitações", diz Rens antes de engolir um comprimido rosa.


Depois de alguma espera, ele começa a relatar as sensações geradas pela droga - ele sente calor, sua boca resseca, suas mãos ficam frias e suadas, sua sensibilidade se aguça.
Sóbria ao seu lado, Nellie questiona Rens sobre o que ele sente enquanto monitora seus batimentos cardíacos e temperatura e faz uma série de testes para avaliar como as habilidades cognitivas, motoras e o comportamento do colega são afetados.
Na tela, surgem alertas como: "Os acidentes mais comuns envolvendo o uso de ecstasy são superaquecimento (do corpo) e intoxicação por água".
Cada programa, de dez minutos, é acompanhado por um clipe curto que resume o que é a droga testada e traz recomendações do que fazer e evitar ao consumi-la.
Entre alguns dos conselhos dados aos espectadores, estão: avisar amigos da dose usada; evitar beber álcool com drogas que afetam o sistema nervoso; e ter em mente que drogas feitas a partir de ingredientes naturais não são uma opção mais saudável do que as sintéticas.Leia a matéria completa em :

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